sexta-feira, 19 de julho de 2013

OPINIÃO! «A Linguagem do Corpo» de Philippe Turchet

Autor: TURCHET, PHILIPPE
Ano: 2012
Colecção: Comportamento
Páginas: 344
ISBN: 978-972-24-1748-8
Tema: Psicologia, Comunicação, Antropologia
PVP: 15.65 Euros

Sinopse:
"Gostava de ter um detetor de mentiras portátil, de ler o pensamento dos outros ou de descobrir se o desejam?
Não percebe porque há pessoas cheias de carisma que nem sequer abrem a boca e fica furioso quando repara que se deixou manipular mais uma vez, pondo a nu todas as suas fraquezas?

A resposta é simples - o corpo denuncia aquilo que as palavras calam. De acordo com os estudos agora levados a cabo, apenas 7% da nossa comunicação é verbal. Quanto aos restantes mais de 90% daquilo que transmitimos, fazemo-lo inconscientemente mas através de reflexos inscritos no nosso código genético, que são universais a todos os primatas e por isso passíveis de serem decifrados por qualquer bom observador.

Neste livro rico em fotografias, sempre acompanhadas da respetiva tradução daquilo que as palavras omitiram mas o corpo revelou, Philippe Turchet, mestre em Ciências da Comunicação e doutorado em Sinergologia, constrói como que um dicionário da linguagem não verbal, que nos ajuda a ler os gestos dos outros e a controlar a nossa própria imagem de modo a potenciar o ascendente que exercemos sobre os nossos interlocutores.

Depois de ler este livro nunca mais olhará para os outros da mesma maneira."

Opinião:
Escolhi ler "A Linguagem do Corpo" porque achei muito interessante e queria realmente verificar se poderia mudar a forma como olho para os outros, tal como é descrito na sinopse.
Certo é que aprendi tanto com este livrinho!
Tornou-me uma pessoa mais atenta quando estou a falar com outras pessoas e passei a gostar de descobrir emoções em gestos que antes, eram simplesmente banais para mim, hoje um simples "coçar o nariz" tem um significado.

Foi uma experiência muito enriquecedora, posso garantir que à medida que fui lendo fui adoptando uma postura diferente (bastante positiva) e foi ao mesmo tempo, impressionante e maravilhoso constatar que somos tão livres na linguagem corporal, tão sinceros! 
Basta aprender a ler essa linguagem, que podemos facilitar a comunicação em determinadas ocasiões, como também melhorar relações de amizade e quiçá profissionais!

Claro que não consegui memorizar e interiorizar todos os aspectos da linguagem corporal, que nos são dados a conhecer pelo autor Philippe Turchet! Foi um livro que gostei de ler e com o qual muito aprendi, mas mantive sempre a noção que vou reler esta obra e vai ser sempre um livro de consulta!

Foi engraçado testar muitas das situações especificadas (o livro contém fotografias que ajudam a perceber e analisar o que é pretendido). E como estava a dizer, testei reconhecer certas emoções ao espelho, em conversa com outras pessoas e também recorrendo a memórias de algumas reacções determinantes (de outras pessoas) que em tempos presenciei.

Cheguei mesmo a olhar para um fotografia (que consta no livro) e pensar "já vi esta expressão em algum lado!? ah! Pois, foi naquela ocasião xpto!" e de seguida entender e constatar mais uma vez, que de facto a linguagem corresponde ao que é descrito! 

A "paleta dos estados emotivos", depois do exemplo das imagens dos bebés  tornou muito fácil de compreender o que nos era proposto! Ao longo do livro, verifiquei que o autor usa uma linguagem escrita muito acessível, o que efectivamente facilitou a aprendizagem.

Só tenho elogios a tecer e só encontro bons argumentos para adquirir a obra "A Linguagem do Corpo", porque a partir do momento em que desfolhei as primeiras páginas foi um absorver de informação, numa incansável exploração dos sentimentos e da interpretação do estado sensorial do ser humano!
E mais, com uma futura aplicação da informação adquirida no nosso dia-a-dia. (Portanto, não pensem que estou a exagerar!)

Não posso deixar de colocar duas passagens do autor:

"Quer sejamos asiáticos, quer sejamos ocidentais, africanos ou aramaicos, se vivermos uma emoção, ela tornar-se-á legível no nosso rosto. Somente a sua intensidade será diferente consoante os povos, por quatro razões principais [...]" p. 45

"Vivemos no seio de um verdadeiro paradoxo: todos gostaríamos de ser mais bem compreendidos e tememos ser descodificados." p. 284

Boas Leituras!

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